Espaço de discussão e reflexão sobre a experiência do olhar e suas reverberações no corpo na construção/remontagem do espetáculo de dança contemporânea "feche os olhos para olhar" da desCompanhia de dança.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

terça-feira, 29 de junho de 2010

Intervenção urbana

Des, posto esse vido da Nova Dança 4
Sei que vocês já devem ter visto, mas é incrível a percepção entre eles, espaço e com as pessoas ao redor. Que olhar é esse, como chego nele? Bom, um dia de cada, quando crescer quero ser assim ;)

O que você vê nas nuvens?

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Mais fotos clicar aqui.

A Lua me segue

Quando criança achava que a Lua me seguia. Às vezes corria para escapar dela. Outra hora, eu mudava de direção fazendo um Oleeee e achava engraçado, pois ela não desistia de mim. Com o tempo tinha esquecido disso... No sábado passado, andando sob a lua cheia, recordei que ela me segue até hoje. Yiuki

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sem-fundo da alma

O olhar escava a visão. A vista é o único sentido que adquire assim uma profundidade interna: o olhar reenvia para o interior do corpo (como para o sem-fundo da alma). A profundidade do tato depressa se torna superfície; a profundidade do ouvido não existe enquanto tal, mas apenas enquanto engendramento de uma superfície interna, ou de um espaço volumétrico - ambos limitados; a profundidade do olfato dissolve-se no difuso; a do gosto, esgota-se na assimilação do corpo. Só a vista, através do olhar, penetra até a um sem-fundo.

Olhar e Visão - José Gil

Que pensate de mi la primera vez que me viste?

Gargalhada Bebê

des, segue o vídeo que comentei hoje no ensaio. Gosto de pensar que mundo é esse que um dia fizemos parte. Será que perdemos esse olhar de bebê ou de criança?

 

Olhar e ver – por Jaime Wagner

A seguir deixo um texto que encontrei na internet que eu gostei e que fala do mesmo assunto. O link do site original é esse daqui. Yiuki
“A criança olha, o adulto vê. Ver é reconhecer, olhar é captar. Há algo mais atento do que o olhar de uma criança de colo? Atenção pura, percepção pura, puro presente, presença total. "Ao lado disso, o restante da nossa vida parece coisa de segunda mão ou emprestada, algo um tanto sem viço, usado, desgastado", diz André comte-Sponville. Felizes dos que mantêm essa capacidade infantil do olhar atento que se surpreende com o mundo. Pobres dos que aprendem a ver, a selecionar o que faz sentido, o que se enquadra no conhecido, e a descartar o resto.
Para a criança, basta inclinar a cabeça e tudo muda. Porque muda o todo. Encantamento, mágica, fruição da percepção: o novo, o diferente, acolhidos com um sorriso. A criança olha o todo. O detalhe que muda, efetua a mudança do todo. O adulto analisa: uma parte mudou, o resto não. Sabedoria? Ou ignorância dos efeitos holísticos?
Olho e não vejo. Está lá mas não reconheço. Porque minha atenção se volta toda para aquilo que, no olhar, reconheço. O brilho do que vejo ofusca o resto e me cega. Aprender a ver, desaprender a olhar.
Amadurecer. Afirmar. Não ver, por rejeitar. Olhar que não quer ver. Olhar estúpido. Estúpido porque não é amoroso, gentil ou acolhedor. Porque é seletivo, porque rejeita. Olhar militante. Olhar que nega, nega reconhecimento, nega acolhida. Olhar duro, olhar arguto, olhar de rapina: fixo no objetivo.
Envelhecer. Olhar sem ver. Olhar estúpido. Não é que nada reconhece, mas sim que nada o surpreende. Tédio que supõe conhecer tudo ou que não quer conhecer mais nada. Cansaço da surpresa. Enfado de quem não quer mais nada de novo. Rejeição do aprendizado. Vontade de ignorar tudo. Desejo do nada. Vontade de morte.”
Jaime Wagner

Infância - Antoine Saint-Exupéry

“Lembro dos brinquedos de minha infância, do parque sombrio e dourado que havíamos povoado de deuses, do reino sem limites que fundamos naquele quilometro quadrado nunca inteiramente conhecido, inteiramente revolvido. Formávamos uma civilização fechada onde os passos tinham gosto, onde as coisas tinham um sentido que não existia em nenhuma outra. Quando nos fazemos homens e vivemos sob outras leis, que resta daquele parque cheio de sombras da infância, cheio de magia, ardente e gelada! Hoje, quando voltamos ali, caminhamos com uma espécie de desespero, pelo lado de fora, ao longo de seu pequeno muro de pedras cinzenta, admirados de achar fechada em um recinto tão estreito uma província que era nós o infinito, e compreendendo que nesse infinito não entraremos nunca mais. Porque é a infância, e não ao parque, que seria preciso regressar.”
(Página 87, Terra dos Homens – Antoine Saint-Exupéry)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Máxima Africana

"umuntu ngumuntu ngabantu"
Uma pessoa é uma pessoa através de (outras) pessoas

quinta-feira, 17 de junho de 2010

1° Princípio físico do Nei-kun

des, compartilho com vocês o que estou aprendendo com essa arte marcial encantadora:
“Descondicionando o corpo, mantendo independente e natural a respiração, passificada as emoções, vazia a mente. Complenderás que arte do poder interno é a arte de viver.”
Para tudo que fazemos precisamos do silêncio e do instante vazio. É o local onde tudo pode nascer. O olhar precisa de ESPAÇO no corpo, prana, emoção e na mente para que possa encontrar algo novo no mundo. DES para NASCER a cada instante.
Bjsss.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O que nos liga

Des, para vcs, com carinho.
Deus mostra sua grandeza pela diversidade, contudo se comunica pelo que há em comum entre todas as coisas. Por isso as respostas que buscamos estão no meio delas. Entre o Alto x Magro, Japonês x Baiano, Natureza x Ciência, Rico x Pobre, Homem x Mulher, Rio x Primavera e entre EU e VOCÊS. Yiuki Doi
P.S. Para CHRiSToPHeR tb.

sábado, 5 de junho de 2010

Oi des.
Vai aí uma indicação de estudo para a nossa pesquisa: A poética do espaço (Gaston Bachelard).
Nesse momento podemos começar por um estudo e uma reflexão individual. Deixem-se contaminar.
beijos
Cintia Napoli

Os sentidos produzem sentidos pela vontade de olhar para o interior das coisas, tornando a visão aguçada, penetrante, pois, ''para além do panorama oferecido à visão tranqüila, a vontade de olhar alia-se a uma imaginação inventiva que prevê uma perspectiva do oculto, uma perspectiva das trevas interiores da matéria''(BACHELARD, 1990, p. 8).